terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A CARTA À IGREJA DE FILADÉLFIA - Ap 3.7-13


FONTE: Mais Que Vencedores - William Hendriksen

Esta cidade estava situada num vale, numa estrada impor­tante. Derivou seu nome de Átala II, 159-138 A.C., cuja lealdade ao seu innão Eumenes conquistou-lhe o epíteto de "irmão-amante". Foi fundada com a intenção de ser um centro para difusão da língua e costumes gregos na Lídia e na Frigia e, assim, desde o princípio foi uma cidade missionária, e muito bem-sucedida no seu propósito.[1]
A essa Igreja Cristo refere-se a si mesmo como aquele que é santo e verdadeiro. A pretensão dos falsos ou não-autênticos- isto é, descrentes - judeus não agrada a ele. Cristo somente tem "a chave de Davi", isto é, o mais alto poder e autoridade no reino de Deus (cf Is 22.22; Mt 16.19; 28.18; Ap 5.5). Cristo sabe que, embora sua Igreja tenha pouco poder por ser pequena em número e em riqueza, tem permanecido leal ao evangelho e não negou o nome do seu Senhor.
"...Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta a qual ninguém pode fechar." A porta aberta significa, primeiro, uma oportunidade maravilhosa de pregar o evangelho e, segundo, a operação da graça de Deus criando ouvidos para ouvir, ansiosos para recebê-lo (cf. 2 Co 2.12; Cl 4.3; At 14.27). A Igreja de Filadélfia, ainda que pequena aos olhos humanos, era grande aos olhos do Senhor. Enfrentando o escárnio e as acusações dos judeus, ela guardou a palavra da perseverança de Cristo, o que, provavelmente, significa o evangelho da cruz na qual a perseverança do Senhor ficou patente. Ela já recebeu em juízo a coroa da vitória e agora é instada a conservá-la. Note como a proteção divina - "também eu te guardarei" - e o empenho humano - "Conserva o que tens"- vão lado a lado. Uma quá­drupla recompensa gloriosa é prometida a essa Igreja que exibe de maneiras tão adequadas o que significa ser um candeeiro.
Primeiro, enfrentando os acusadores e escarnecedores ju­deus ela não apenas prevaleceu - como Esmirna - mas con­quistará a vitória que o vencedor participará por meio de sua conversão! Segundo, ela será guardada segura através da hora da tribulação (cf Is. 43.2; Mc 13.20). Terceiro, os vencedores serão "pilares" do templo de Deus. Um pilar é algo permanente. Eles obtêm aquilo que Davi desejou (SI 27.4). Nenhum terre­moto os encherá de medo ou os levará para fora da cidade celestial. Eles habitarão nela. Finalmente, Cristo escreverá sobre o vencedor o nome de seu Deus e o nome da cidade do seu Deus, a nova Jerusalém ... e seu próprio novo nome. Em outras palavras, ao vencedor será dada a segurança de que pertence a Deus e à nova Jerusalém, e a Cristo, e de que participará, eter­namente, de todas as bênçãos desses três. Para uma explicação da frase "que desce do céu, vinda da parte do meu Deus".

[1]Ver W. M. Ramsay, op. cit., pp. 391-400.

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